Com objetivo de avaliar e levar informações às principais regiões produtoras da pecuária de corte do Brasil, o Rally da Pecuária percorrerá 60 mil km do território nacional em 2016, passando por Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre, estados que representam 83% do rebanho bovino brasileiro e 90% da produção nacional de carne. A largada será dada na próxima segunda feira, 11 de abril e a viagem prossegue até o dia 10 de julho.
“Temos duas situações distintas neste ano. No longo prazo, a redução da rentabilidade levará à adaptação do produtor que, em busca do aumento na renda, aumentará o investimento em tecnologia. Já no curto prazo, é o inverso: o produtor reduzirá seu pacote tecnológico visando a economia”, avalia Maurício Palma Nogueira, coordenador de Pecuária da Agroconsult, empresa organizadora do Rally. A declaração foi dada na coletiva de lançamento do evento, na tarde desta quinta-feira, 7, em São Paulo, SP.
A expedição visitará cerca de 150 propriedades rurais e fará pesquisas específicas com os produtores. O questionário também será aplicado a consultores e estudiosos do mercado. Este ano, a novidade é a comparação dos índices médios de produtividade da parcela com melhor desempenho com a média geral.
No ano passado, das propriedades visitadas pelo Rally, 12% registraram produtividade média acima de 18 arrobas por hectare/ano. O desempenho desse grupo ficou 2,62 vezes maior que a média do público total visitado durante a expedição e 7,6 vezes acima da produtividade nacional. Esses pecuaristas representam 45% das vendas de carne do total de produtores amostrados.
A expedição terá foco especial nas pastagens, buscando o histórico de intervenções dos últimos anos. “Muitos produtores pensam que a soja tem pressionado as áreas da pecuária com pasto degradado, mas não é bem assim. A cultura tem entrado em áreas com pasto em boas condições, pois ali a fertilidade do solo e o clima favorecem o cultivo do grão”, destaca André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult, acrescentando que a consultoria só considera como degradadas áreas em que o pasto deve ser totalmente refeito.
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Portal DBO