Os Sistemas de Integração, Lavoura e Pecuária têm sido uma alternativa eficiente e rentável para produtores de grãos e criadores de gado na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, afirma o presidente do Sindicato Rural do município, Lucio Damalia, ao Broadcast Agro
Dourados (MS), 28/06/2018 – Os Sistemas de Integração, Lavoura e Pecuária têm sido uma alternativa eficiente e rentável para produtores de grãos e criadores de gado na região de Dourados, em Mato Grosso do Sul, afirma o presidente do Sindicato Rural do município, Lucio Damalia, ao Broadcast Agro.
“A rotação de culturas aqui na região, uma outra alternativa, é algo complicado, por causa do clima. A integração, ao contrário, tem sido uma tendência”, disse ele, durante a passagem da Equipe 2 do Rally da Pecuária, que a reportagem acompanha. O sindicalista afirma que poucas culturas se adaptam facilmente ao clima do sul do Estado, além de soja no plantio direto.
Para o dirigente, o sistema tem sido uma opção rentável principalmente para a reforma de pastagens.
“Você tem ganhos de ambos os lados”, afirmou ele sobre as atividades de plantio de grãos e criação de gado.
Há diversas formas de integração na região, segundo Damalia. Em uma delas, segundo ele, criadores arrendam temporariamente áreas de pastagens para o cultivo de grãos. Existem também pecuaristas que se tornaram agricultores.
Damalia atribui esta tendência não apenas a questões econômicas, mas também sociais. Segundo ele, um dos motivos, é que filhos de famílias tradicionais de pecuaristas saíram do campo para estudar Ciências ligadas à terra e, agora, estão voltando e trazendo inovações para as fazendas. “Eles resolveram voltar e trouxeram a tecnologia com ele”, disse.
Floresta
Apesar de o casamento entre pecuária e a lavoura estar em um bom caminho, a integração com a floresta ainda patina. Damalia afirmou que faltam conhecimento e desenvolvimento da técnica para que esse sistema possa ter mais adesão. “É mais complicado”, disse.
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) pode trazer benefícios adicionais como, por exemplo, árvore contribuindo para amenizar a temperatura média da região. Esse fator é importante, principalmente nos chamados veranicos, que são os períodos de chuvas irregulares. Com menor temperatura do solo e da planta, menos ocorre a evapotranspiração. (Camila Turtelli*, camila.turtelli@estadao.com)
* A jornalista viajou a convite do Rally do Pecuária
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