Rally da Pecuária dá largada à sua sétima edição

Por Sílvia Sibalde

Em cenário de maior oferta e de preços até 10% menores, Agroconsult aposta em produtividade e eficiência como sobrevivência para o produtor

Sob o tema “Produtividade e eficiência – o que era diferencial agora é sobrevivência”, a sétima edição do Rally da Pecuária vai a campo a partir de 8 de maio para percorrer os principais polos pecuaristas. Com sete equipes técnicas, a expedição vai visitar 11 estados – Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre – em quatro etapas. “Fazendo uma analogia ao Rally da Safra, o produtor de soja que produzia 50 sacos estava em uma situação confortável; com os números do último Rally, observamos que o que produzia 60 está agora trabalhando para obter 70 e isso, consequentemente, vai fazer ou com que o que produzia menos passe a investir mais em tecnologia ou vai fazer com que deixe a atividade”, disse André Pessoa, sócio-diretor da consultoria Agroconsult, organizadora da expedição.

“A discussão na agricultura é gestão; aqui, a questão é saber se o cara quer ou não ficar na fazenda. A Pecuária não vai perdoar quem não investe em tecnologia”, disse Maurício Palma Nogueira, sócio da Agroconsult e coordenador do Rally da Pecuária. De acordo com a consultoria, haverá um aumento de 9,6% no abate de bovinos em relação ao ano passado. Serão abatidas cerca de 40,4 milhões de cabeças em 2017.

Ainda segundo a Agroconsult, das 6 milhões de cabeças excedentes, apenas cerca de 3,5 milhões serão abatidos. “Com a oferta superando o abate, os preços médios do boi gordo deverão ser de 7%a 10% inferiores aos do ano passado; o preço da carne também deve cair”, estima Nogueira.

“Quando há queda de preço, o produtor tende a desacelerar, a produzir menos. E o que o mercado decidiu é que quem oferta mais arroba é quem aguenta os preços mais baixos. É quem investe em tecnologia”, completou o coordenador.

A Agroconsult aponta que os produtores considerados ‘grupo de ponta’, ou seja, os mais tecnificados são cerca de 60 mil a 80 mil e têm uma produtividade média de 9 arrobas/ha/ano; os ‘intermediários’, que são hesitantes em investir em tecnologia ou descapitalizados somam de 220 mil a 270 mil e produzem, em média, de 3 a 8 arrobas/ha/ano; e os produtores que produzem até cinco arrobas/ha/ano, que são os mais resistentes, desconfiados e tradicionais, somam mais de 1 milhão e estão em processo de exclusão da atividade.

Fonte da Notícia
Cenário Agro

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