O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gustavo Diniz Junqueira, destacou hoje o baixo interesse dos pecuaristas no mercado futuro do boi gordo. “Ele (o mercado futuro) atinge alguns pecuaristas maiores e mais sofisticados, mas ainda não se tornou massificado”, disse ele no lançamento do Rally da Pecuária 2015, expedição organizada pela Agroconsult em parceria com a SRB. Junqueira avalia que a concentração dos frigoríficos nos últimos anos possivelmente contribui para esse processo, na medida em que estimulou a realização de vendas no mercado físico.
Além disso, o mercado futuro possui características que dificultam o acesso dos produtores de menor porte às negociações. O ajuste diário de preços, por exemplo, implica na capitalização do participante. Existem, ainda, outras despesas, como margem de garantia e taxas operacionais.
Mauricio Nogueira, coordenador do Rally, da Agroconsult, diz que os pecuaristas perdem oportunidades ao não negociar no mercado futuro. “Alguns pecuaristas não entendem a operação e ficam com medo, ou acham que têm de especular preços na BM&FBovespa”, afirma. O mercado futuro é considerado um importante instrumento de proteção (hedge) contra as oscilações de preço dos ativos, no caso, boi gordo. Segundo o analista, sem proteção, os produtores perdem a chance de garantir ganhos com a arroba do boi gordo. Os pecuaristas que atuam na BM&FBovespa também conseguem maior previsibilidade para os seus investimentos no confinamento.
Fonte: Renato Oselame* – Agência Estado
(*O jornalista viajou a convite da Agroconsult)
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Agência Estado