Especialista pontua cenário atual e faz análise sobre futuro próximo
Que o momento atual é de instabilidade, isso não é segredo. A imensidão da indústria frigorífica brasileira, segundo analisa o diretor de Pecuária da Agroconsult, Maurício Palma Nogueira, não conseguiu alcançar o mercado de carne desossada: “Ninguém previu isso”.
Os últimos acontecimentos resultaram em menor margem para carcaça no caso de quem só trabalha com esse produto, com isso a desossa foi ganhando margem – garantindo fôlego para aqueles envolvidos nesse setor. “Quem depende da carne desossada são mercados específicos e o canal de exportação, que apesar de ter sido impactado, vem se recuperando gradualmente”, complementa.
Este ano, explica Nogueira, já era avaliado como cenário de baixa, com preços 5% ou 6% menores do que 2016. No entanto, atualmente, os números saltaram para 10% a 12%. “Estamos elevando o nível para um lado intermediário, e para isso o mercado precisa encontrar fundamentos. O ano é agitado, mas deve se equilibrar até o final com os números de abate melhorando”, diz.
A dica bônus do especialista é: o pecuarista que investe em tecnologia e produtividade não fica dependente de preços, e acaba sendo beneficiado com o mercado em alta do milho; já para aqueles que contam com baixo investimento nesses quesitos, Nogueira é pontual: “Fica mais complicado”.
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