Os custos com a reposição de animais em 2015 comprimem as margens de pecuaristas, que são obrigados a retrair investimentos ante a perspectiva de menor rentabilidade da atividade.
A Fazenda Campanário, em Caarapó (MS), é exemplo desse movimento. Em virtude dos elevados preços do bezerro e da alta de insumos nos últimos meses, os projetos de expansão do confinamento devem ser postergados. A unidade já tem um módulo com capacidade estática para o confinamento de 10 mil cabeças, mas a ideia dos produtores é duplicar esse potencial. “Já programamos o segundo módulo e pretendíamos implantá-lo em 2016, mas provavelmente vamos deixar isso um pouco mais para frente”, afirma Alberto Asato, diretor da propriedade em entrevista ao Broadcast Agro, que acompanha a Equipe 2 do Rally da Pecuária 2015, realizado pela Agroconsult em parceria com a Sociedade Rural Brasileira (SRB).
A maior preocupação de Asato é com o preço do bezerro. Em virtude da seca registrada no último ano e o índice elevado de abate de fêmeas em 2013 e 2014, a oferta de animais desmamados é restrita no País. Com isso, os preços têm subido. Do início do ano até quinta-feira, 7, o indicador Cepea/Esalq do bezerro negociado em Mato Grosso do Sul avançou 22,7%, para R$ 1.461,63 a cabeça. “O preço do bezerro subiu e elevou os custos de quem faz a recria e a terminação, de modo que não é possível repassar tudo aos clientes. Esse é um ano de margens extremamente apertadas”, afirma o proprietário. “E o que nos atrai para reinvestir é a margem da operação. Quando ela diminui, postergamos nossos planos”, diz.
Fonte: Renato Oselame* – Agência Estado
(*O jornalista viajou a convite da Agroconsult)
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Agência Estado