Por Maurício Palma Nogueira
Mais pesado e mais jovem.
Em 25 anos, o peso médio do macho abatido sob fiscalização federal, estadual e municipal, aumentou 3,56 @ por cabeça. São 53,4 kg de carne com osso a mais em um animal que está sendo abatido cada vez mais novo.
O peso médio do macho abatido no Brasil, em 2022, deve fechar por volta das 19,8@/cabeça. Faltam ainda os dados de outubro a dezembro. O Mato Grosso é o estado que entrega o boi mais pesado, com 21,7@/cabeça, ou seja, um animal com carcaça de 326 kg, em média.
As fêmeas também estão mais pesadas. Em 1997, o peso médio da carcaça de vacas e novilhas abatidas era de 12@/cabeça. Em 2022 foram abatidas com a média de 14,5@/cabeça, um ganho de 2,5@ (37,5kg) em 25 anos.
Além dos ganhos em eficiência nas fazendas e nas indústrias frigoríficas, o aumento do peso médio dos animais também impacta as relações comerciais.
As vendas de alguns cortes valiosos acabam esbarrando em alguns paradigmas do consumidor. Por exemplo, o peso da picanha de um animal abatido com 240 kg será diferente do peso da picanha de um animal de quase 300 kg de carcaça.
A importância na comunicação sobre os avanços tecnológicos da pecuária não se restringe apenas à questões socioambientais. Bons resultados de vendas também dependem de esclarecimentos por parte dos consumidores.
Com a palavra, os grandes especialistas em qualidade de carne, que atuam brilhantemente no Brasil.
Maurício Palma Nogueira é engenheiro agrônomo, diretor da Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária