Por Maurício Palma Nogueira
Depois da ocorrência de BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina) atípica em setembro de 2021, as exportações brasileiras de carne bovina atingiram o ponto mais baixo dois meses depois, em novembro, tanto para a China como no total exportado para todos os mercados.
Em relação a setembro, as exportações de carne bovina para a China foram 94% menores em novembro, enquanto as exportações totais foram 29% menores na comparação do mesmo período.
A retomada dos embarques começou já no mês seguinte, em dezembro. No entanto, naquele mês, a quantidade exportada para a China aumentou apenas 6,4 mil toneladas, enquanto as exportações totais aumentaram 50,8 mil toneladas.
Em setembro daquele ano, a China representou 53% das exportações de carne bovina brasileira; em dezembro apenas 5% da carne bovina embarcada teve a China como destino.
Embora a importância das exportações de carne para a China seja incontestável, é fundamental lembrar que o embargo também impões uma pressão aos chineses. Comparado à 2021, nesse momento, os chineses estão mais pressionados do que os brasileiros.
O contexto, evidentemente, é ruim para todos os envolvidos.
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Maurício Palma Nogueira é engenheiro agrônomo, diretor da Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária