Da Redação – Araçatuba
O Rally da Pecuária iniciou nesta segunda-feira, dia 24, a avaliação das condições da bovinocultura de corte e das pastagens em Minas Gerais e em São Paulo, percorrendo áreas em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e nas regiões de Barretos, Araçatuba e Presidente Prudente, em São Paulo.
Em Araçatuba, o coordenador do Rally, Mauricio Palma Nogueira, realizará evento técnico nesta quinta-feira, dia 27, a partir das 17h, no Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), apresentando o desempenho da pecuária nos dois estados.
O coordenador do Rally destaca a quantidade de grandes confinamentos existentes nas regiões visitadas. O Oeste Paulista responde pela terminação de cerca de 800 mil cabeças confinadas, cerca de 11% do total do país. São Paulo é o quarto maior estado confinador do Brasil e Minas Gerais vem logo sem seguida, com 660 mil cabeças terminadas em confinamento.
Os dois estados respondem, juntos, por 21% dos animais abatidos no mercado formal, sob fiscalização. Em 2022, São Paulo abateu 3,4 milhões de cabeças, enquanto Minas Gerais atingiu 2,8 milhões.
“São duas regiões fundamentais para a pecuária brasileira. Minas Gerais detém o segundo maior rebanho do Brasil, com 23 milhões de cabeças, enquanto São Paulo é o nono maior rebanho, com 9,7 milhões de bovinos”, afirma Nogueira, diretor da Athenagro, organizadora do Rally da Pecuária.
Em exportações, São Paulo responde por cerca de 25% do total de carne bovina exportada, enquanto Minas Gerais soma 8,5%.
No evento técnico que integra o roteiro da equipe 5 do Rally, o coordenador do Rally abordará projeções de preços e perspectivas do ciclo pecuário; as perspectivas para carne bovina até 2030; investimentos e mudança no orçamento das fazendas; pastagens e o aumento do peso médio de carcaça na região; metano/carbono pela ótica dos resultados nas fazendas e o cenário atual para o mercado de proteínas. Inscrições gratuitas pelo site rallydapecuaria.com.br.
Em sua 11ª edição, com apoio do Siran no evento em Araçatuba, a expedição segue novo roteiro de visitas a produtores e coleta de amostras de pastagens.
Ao contrário das edições anteriores, o Rally ocorrerá ao longo de nove meses, com equipes dedicadas às visitas presenciais, levantando, entre outros aspectos, as pastagens e sistemas de produção, nutrição e estratégias de terminação, reprodução e sanidade, dimensionamento de infraestrutura e aptidão por tomada de créditos e investimentos.
Ao longo do Rally, os técnicos levarão informações aos produtores e técnicos de campo e realizarão oito eventos regionais in loco, com temas relacionados ao mercado, produtividade e sustentabilidade, além de dois eventos especiais – com foco no mercado de pecuária de corte – ampliando assim a abrangência da expedição.
No campo, a equipe técnica percorreu, desde o dia 16 de novembro, os estados de Goiás – saindo de Goiânia e passando pelas regiões de Rio Verde, e Nova Crixás – seguindo para o Tocantins (região de Gurupi) e Pará (Redenção), e chegando em Palmas (TO).
A segunda equipe teve início em 11 de dezembro, saindo do Tocantins em direção ao Mato Grosso, onde percorreu as regiões de Vila Rica, Ribeirão Cascalheira, Barra do Garças, Rondonópolis – cidade que sediou evento técnico -, Cuiabá e Pontes e Lacerda, encerrando a etapa em 17 de dezembro em Vilhena, Rondônia.
A terceira equipe visitou as regiões de Vilhena, Rolim de Moura, Ji-Paraná e Porto Velho, onde realizou evento técnico. Já a quarta equipe do Rally da Pecuária, percorreu as regiões de Campo Grande – onde realizou evento, Miranda, Aquidauana e Três Lagoas, entre 27 e 31 de março.
Fonte: O Liberal Regional