Agro discutindo a COP – foco nas ações efetivas e não em discursos e acusações

Por Maurício Palma Nogueira, engenheiro agrônomo, diretor da Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária

Na última segunda-feira, dia 2, foi realizada mais uma reunião do COSAG – Conselho Superior do Agronegócio da FIESP –  presidido pelo Jacyr Costa Filho.

O objetivo da reunião foi discutir a COP 30 sob o olhar do agronegócio e contou com a participação dos principais protagonistas:  Dan Ioschpe, André Corrêa do Lago (presidente da COP), Ana Toni, Izabella Teixeira, Roberto Rodrigues e debatedores representando o MAPA (Luis Rua), IPA (Roberto Betancourt)  além da participação e contribuições de diversos representantes de entidades do Agro, como Roberto Perosa (Abiec), Sérgio Bortoluzzi (SRB), Letícia Jacintho (De Olho no Material Escolar), Marcos Jank (Insper), Luiz Carlos Corrêa Carvalho (ABAG), Guilherme Bastos (FGV), Silvia Massruhá (EMBRAPA) e diversos outros.

A reunião foi extremamente produtiva e objetiva, focada em soluções de longo prazo e na necessidade de ações efetivas, algo que normalmente não é discutido em fóruns especializados no debate ambiental.

Por mais que pareça contraditório, dado o excesso de desinformações que circula pela imprensa, as propostas de proteção ambiental defendidas pelos representantes do agronegócio brasileiro são muito mais maduras e efetivas, do ponto de vista prático. Não se tratam apenas de discursos ora acusando projetos, ora negando avanços na ciência agronômica tropical ou propondo ações totalmente desconectadas do conhecimento científico especializado.

O Agro não só é capaz de gerar impactos positivos, como já vem fazendo isso há muitos anos. Parece que agora, finalmente, está mais atento ao fato de que deve ser protagonista do debate e não apenas executor das ações que realmente trazem avanços.

O reconhecimento e o apoio não virão de graça. Precisarão ser conquistados. Ao se esforçarem por negar a legitimidade de que representantes do agro discutam a COP, o próprio posicionamento de representantes do ambientalismo radical confirma essa afirmação.

Sem demérito às participações na reunião, gostaria de destacar a contribuição da ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Com uma fala densa, objetiva e repleta de informações e conhecimento, a ex-Ministra deu uma aula de como o ambientalismo moderno deveria atuar. Sua fala foi focada em solucionar os problemas um a um, ao invés de adotar aquela posição negativista que apenas contribui com a perenização dos problemas.

Mostrou a face do ambientalismo que evoluiu; um exemplo que deveria ser seguido pelos demais que ainda enxergam o agro como antagonista das questões ambientais.

Essa última reunião do COSAG foi um exemplo de como o tema deve ser tratado: pragmatismo, diálogo, respeito e foco nas ações.

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