Recria e engorda não admitem baixa tecnologia

O aumento no custo de produção, principalmente por causa da alta no preço do milho, dos valores de animais para reposição e da disparada do dólar pode levar o pecuarista que aposta na recria e engorda a sair de uma margem positiva em 2015 para um prejuízo em 2016.

Na avaliação do sócio e diretor da Divisão de Pecuária da Agroconsult, Maurício Palma Nogueira, para o produtor mitigar a queda na lucratividade é necessária a ampliação da tecnologia de produção. “O pecuarista me pergunta: o custo de produção sobe e você ainda pede para ampliar os gastos; sim, acelerar a tecnologia é a melhor saída”, disse.

Segundo estimativa da Agroconsult, se a média nacional de ocupação das pastagens, entre 6 arrobas e 12 arrobas por hectare, desacelerar o uso de tecnologia, pecuaristas nessa faixa que tiveram lucro em 2015, de R$ 179,65 por hectare, passarão a um prejuízo anual de R$ 43,70/ha em 2016. “Recria e engorda não admitem baixa tecnologia”, ratificou Nogueira em palestra no 11º Encontro Confinamento Gestão Técnica e Econômica, em Ribeirão Preto (SP).

Entre os itens de pressão dos custos, o consultor destacou a dificuldade de compra de bezerros para reposição do rebanho de recria e engorda. A relação de troca desses animais, que já foi 2,57 bezerros por um boi de 18,5 arrobas, em média, caiu para 2 bezerros por boi entre 2015 e 2016. “Em dez anos, a relação de troca recuou 12,2% na média do Brasil, o que mostra que comprar o bezerro está cada vez mais difícil”, concluiu.

Fonte da Notícia
Estadão Conteúdo

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