Redenção, 23/05/2016 – O gado bovino do Pará tem o potencial de “ir além”, disse o diretor de Relações com Pecuaristas do JBS, Fábio Dias, durante evento realizado pela Equipe 6 do Rally da Pecuária na sexta-feira passada (20) no município, com a participação do Broadcast Agro. “A sensação que temos é que o animal é abatido um pouco antes do ideal e não chega a ser explorado totalmente”, afirmou. “Os animais poderiam tranquilamente ser abatidos com 21 arrobas e são hoje 17 ou 18 arrobas. Essas últimas arrobas, por falta de tecnologia ou necessidade de fluxo financeiro, acabam sendo perdidas.”
Para Dias, a terminação mais estendida do animal também produz uma carne de melhor qualidade. “O boi mais bem acabado vai dar uma carne de melhor qualidade. Mas, mais importante do que isso, o abate antecipado faz com que o pecuarista acabe produzindo menos carne em cada animal, menos por área e acaba ganhando menos dinheiro por isso”, completou.
Termo
O executivo comentou, ainda, que houve alta da procura por contato a termo pelos pecuaristas. “Estamos batendo recorde de compras de boi a termo, 15% da nossa compra já é realizada com esse tipo de contrato.” Segundo Dias, os confinadores são os que mais procuram esse tipo de contrato. “Quem vendeu a termo no ano passado teve um resultado melhor do que quem vendeu no balcão e isso ficou na cabeça do pecuarista”, disse.
A negociação de gado por meio de contratos a termo prevê a venda antecipada dos animais pelo pecuarista. Algumas das principais diferenças entre o mercado a termo e o mercado futuro é que no mercado a termo o pecuarista negocia os animais diretamente com o frigorífico, definindo não apenas o valor da arroba, mas também a quantidade de animais e o dia do abate dos mesmos. Além disso, o contrato a termo estabelece a entrega física dos animais.
(Camila Turtelli*)
(*A repórter viaja a convite do Rally da Pecuária)