Maior oferta e menor preço deve revelar necessidade de tecnologia aplicada
Entre 8 de maio e 17 de agosto, 7 equipes técnicas saem com a missão de desbravar dados do mercado pecuário em 11 Estados (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre). Esse é o mote de mais uma edição do Rally da Pecuária que traz para 2017 “Produtividade e eficiência: o que era diferencial agora é sobrevivência”.
Difundir e debater a importância de incorporação de tecnologia, avaliar os índices zootécnicos, além de debater os reais desafios da pecuária do País, também promovendo a democratização de conhecimentos estão no eixo central, conforme conta o sócio diretor da Agroconsult, André Pessôa: “Especificamente para 2017, traremos um plano de comunicação focado nos técnicos regionais e das fazendas, com o objetivo de alcançar quem ainda não foi sensibilizado sobre as mudanças da atividade”. E isso será aplicado por meio de um modelo de apresentação em estilo talk show, com palestras rápidas que favorecerá o diálogo. “As palestras trarão desde tendência, desafios de gestão, qualidade de carne e definição dos mercados, estratégias de financiamento, enfim, explorar diagnósticos para os produtores enxergarem suas realidades nas apresentações”, completa o coordenador da expedição Maurício Palma Nogueira.
Para essa versão, a equipe adotará nova metodologia a fim de aprimorar a qualidade das informações. As estatísticas levantadas nas últimas edições serão trazidas à tona a fim de elucidar os trabalhadores rurais, uma vez que o cenário indica tendências preocupantes e os levantamentos marcarão as melhores alternativas aos produtores que se anteciparem a elas. “Vamos sair para o Rally no ano mais pessimista, na comparação com as seis realizações anteriores, ainda que o cenário agro não esteja completamente afetado”, sinaliza Nogueira que acrescenta projeções para um rebanho de 221,5 milhões de cabeças, revelando uma capacidade de oferta maior e favorecendo pressão baixista nos preços da fazenda. “Com aumento de 9,6%, o abate passará de 36,9 em 2016 para 40,4 milhões em 2017. Ainda, das 6 milhões de cabeças que estavam em estoque excedente, apenas cerca de 3,5 milhões estarão no total a ser abatido”, insere. Nessa conclusão, ele ressalta que apenas os produtores tecnificados vão sobreviver a arrobas mais desvalorizadas, pelos ganhos alcançados com tecnologia: “O mercado vai punir quem não utilizou pacote tecnológico nos últimos anos”, completa.
Técnicos do Rally conduzirão entrevistas quantitativas e qualitativas abordando áreas de pastagem e agricultura, total de cabeças de gado, estratégias nutricionais, confinamento, índices de fertilidade, natalidade e mortalidade, manejo de sanidade, uso de insumos tecnológicos em pastagens, comercialização de animais, entre outros. “Combate a ociosidade dos ativos será um dos eixos das temáticas”, acrescenta o coordenador frisando: “O desafio é incluir o máximo de produtores e preparar o setor para a discussão das saídas de tantos outros”.
Ao todo, serão percorridos 70 mil km com a realização de 12 eventos para produtores e profissionais do setor, além das “oficinas da produtividade”, visitando 300 fazendas mantendo contato direto com 3 mil produtores e mais 18 mil via outras mídias.
A expedição é organizada pela Agroconsult (São Paulo/SP) e patrocinada por Boehringer Ingelheim Saúde Animal, Dow AgroSciences, DSM/Tortuga, Fertilizantes Heringer, JBS, Phibro Animal Health, Santander e Volkswagen, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e Agrosatélite. Alguns representantes estiveram presentes, como a Superintendente de Agronegócio do Banco Santander, Paula Pulcinelli, que exaltou a importância da ação com proximidade ao produtor. O diretor de Relacionamento com o Pecuarista JBS, Fábio Dias, apontou que a expedição vai até onde está a pecuária e chega aos produtores de forma construtiva e que, além disso, é uma iniciativa que gera novos dados, sendo adicional de valor agregado relevante ao setor. Corroborando, o diretor de Operações Negócios Grandes Animais da Boehringer Ingelhiem, Pedro Bacco, sinaliza que o Rally compactua dos ideais do movimento realizado pela companhia, a Caravana da Produtividade, e acredita que essa produção tecnificada garantirá a sustentabilidade futura da empresa. “Nesse terceiro ano de participação, faz parte do eixo estratégico de atuação da Phibro gerar pesquisa e transformar em tecnologia. O Rally proporciona esse nível de conhecimento sobre produtividade”, encerra o gerente de Produto da Phibro, Newton Teodoro.
Fonte da Notícia
Feed&Food