Desempenho do público avaliado pela expedição alcançou 12,8 arrobas/hectare/ano, enquanto a média nacional é de 4,30@/ha/ano
São Paulo, 12 de setembro de 2019 – O Rally da Pecuária 2019, maior expedição técnica privada sobre a pecuária bovina de corte no Brasil, aponta crescimento de 25% na produtividade entre os produtores amostrados, em relação aos dados obtidos em campo no ano passado. A avaliação considera o ciclo completo – que inclui desde a produção dos bezerros até a terminação. “A produtividade média desse público atingiu 12,8@/ha/ano, com aumento de 2,5@/ha/ano em comparação a 2018”, afirma Maurício Palma Nogueira, diretor da Athenagro e coordenador do Rally da Pecuária.
Propriedades com alta tecnologia conseguem melhores resultados. Mesmo em situações de preços em queda, a rentabilidade mantém-se em níveis satisfatórios fazendo com que, ao longo dos anos, os preços de mercado se ajustem aos pecuaristas mais produtivos. “Enquanto a demanda é a mesma para todos os produtores, a oferta de animais acaba sendo maior nas propriedades com mais tecnologia”, destaca Nogueira.
Do total de cerca de um milhão de hectares amostrados no Rally em 2019, apenas 77,5 mil hectares operavam com produtividade acima de 18@/ha/ano. Esse público, porém, representa 53% do total de vendas, o que demonstra o impacto da alta produtividade no setor. “Se a produtividade é importante para suportar momentos desfavoráveis, acaba sendo mais vantajosa ainda quando o cenário é de preços em alta, como ocorre no atual momento da pecuária”, esclarece o coordenador da expedição.
Nessa expedição um dos pontos mais debatidos com o público presente nos eventos foi a melhora dos resultados devido à elevação de preços pagos pela arroba bovina. De acordo com dados da Athenagro, estima-se que o lucro por hectare em propriedades com maior tecnologia seja 6 a 10 vezes maior do que nas fazendas de menor tecnologia.
André Pessôa, sócio da Agroconsult, que organiza o Rally da Pecuária em parceria com a Athenagro, lembra que, assim como na agricultura, à medida que se ampliam os investimentos em tecnologia, a complexidade da produção aumenta, exigindo mais do produtor. “Ele precisará ser mais eficiente na gestão dos processos, treinamento de equipes e na administração do risco de preços”, ressalta Pessôa.
Para aportar tecnologia, muitas vezes é necessário usar recursos de crédito. Quando perguntados se a pecuária suporta pagar financiamentos, André Pessôa e Maurício Nogueira concordam que no mesmo nível de tecnologia, o lucro da pecuária tende a igualar ao da agricultura, desde que bem administrada.
Roteiro
A expedição técnica concentrou o roteiro em cerca de 50 mil quilômetros nas principais regiões pecuárias visitando 310 propriedades em 128 municípios de 10 estados: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Pará, Mato Grosso e Rondônia.
O início das atividades em campo foi no Rio Grande do Sul entre os dias 1 e 6 de julho, quando os técnicos da Equipe visitaram as regiões de Porto Alegre, Pelotas, Dom Pedrito, Alegrete e Santa Maria. A Equipe 2 esteve no Paraná entre os dias 7 e 8, nas regiões de Cascavel e Umuarama, seguindo então ao Mato Grosso do Sul, para avaliar as regiões de Caarapó e Jardim, concluindo a etapa em Campo Grande no dia 12. A Equipe 3 passou por Mato Grosso entre os dias 21 a 27 de julho, e visitou Cuiabá, Cáceres, Barra do Bugres, Mirassol D´Oeste, Pontes e Lacerda e Comodoro.
Já os técnicos da Equipe 4 passaram por Rondônia, nos dias 28 de julho a 01 de agosto, percorreram Vilhena, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Ariquemes e Porto Velho. A Equipe 5 visitou o Pará de 12 a 17 de agosto e percorreu Marabá, Xinguara, Redenção e Araguaína, já em Tocantins. A Equipe 6 percorreu de 18 a 24 de agosto Tocantins e Goiás, passou por Palmas e Peixe, no Tocantins, e em Goiás visitou São Miguel do Araguaia, Mozarlândia, Jussara e Goiânia. A Equipe 7 passou por Prata e Iturama em Minas Gerais e seguiu para Barretos e Marília, encerrando a expedição no dia 07 de setembro.
Ao todo, ao longo do trajeto das 7 equipes, o Rally da Pecuária somou 8 eventos, além de 28 oficinas da produtividade, encontros e debates com produtores e técnicos em 32 cidades. Cerca de 1.200 produtores e técnicos foram impactados diretamente no campo durante as visitas, eventos e oficinas.
Mais de 18 mil produtores e técnicos receberam os materiais da expedição por e-mail, cumprindo os objetivos do Rally de coletar dados, analisar informações e disseminar conhecimento embasado para auxiliar os pecuaristas e técnicos na elaboração das melhores decisões.
O Rally da Pecuária é organizado pela Athenagro e pela Agroconsult e patrocinado por Corteva Agriscience, Ourofino Saúde Animal, Bellman Trouw Nutrition, Santander e Amarok / Volkswagen, com apoio do Webmotors, FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), JetBov, GTPS e Sociedade Rural Brasileira.
O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo site www.rallydapecuaria.br, com informações atualizadas diariamente no twitter.com/rallydapecuaria , facebook.com/rallydapecuaria e instagram.com/rallydapecuaria/